No ano em que se comemoram os 100 anos da Semana de Arte Moderna, o premiado romancista Luiz Ruffato apresenta uma importante contribuição para a compreensão do desenvolvimento e consolidação das ideias modernistas no Brasil, por meio de uma abordagem sobre o movimento vanguardista ocorrido em Cataguases(MG). A revista Verde, lançada em 1927, reuniu em suas páginas o que de melhor e mais ousado havia em termos de produção literária naquele momento, com explícito incentivo, moral e financeiro de nomes como Mário de Andrade, Alcântara Machado, Prudente de Morais Neto e Oswald de Andrade, entre outros. Ao contrário do que até hoje a historiografia aborda como “fenômeno inexplicável”, Ruffato demonstra, de maneira cabal, que o surgimento desse movimento numa localidade do interior de Minas Gerais deveu-se a uma convergência de fatores econômicos, sociais e culturais. Na época, a aristocracia cafeeira de Cataguases estava se transformando em burguesia industrial e a sede do município, um núcleo urbano consolidado, agregava uma população em torno de 16 mil pessoas – Belo Horizonte, capital do estado, tinha cerca de 100 mil habitantes. Além disso, a cidade contava com ótimo sistema educacional e uma geração intelectual ávida por novidades, tanto na literatura (Rosário Fusco, Ascânio Lopes, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto), quanto no cinema (Humberto Mauro). De certa forma, o movimento Verde marca o início do fim da fase heróica e radical do modernismo.
Informações sobre o Livro
Título do livro : A revista Verde, de Cataguases
Subtítulo do livro : Contribuição à história do Modernismo
Autor : Ruffato, Luiz
Idioma : Português
Editora do livro : Autêntica Editora Ltda.
Capa do livro : Mole
Ano de publicação : 2022
Quantidade de páginas : 176
Altura : 210 mm
Largura : 140 mm
Peso : 300 g
Tipo de narração : Conto
Idade mínima recomendada : 18 anos
Data de publicação : 11-02-2022
Gênero do livro : Ficção